O tempo que os brasileiros dedicam para assistir vídeos online aumentou 135% nos últimos quatro anos, passando de 8,1 horas semanais, em média, em 2014, para 19 horas por semana, em 2018. Os números são de uma pesquisa divulgada pelo YouTube durante o Brandcast 2018. E o que isto representa? Representa que estamos em meio a uma mudança na Comunicação. Assim como os meios tradicionais de comunicação evoluíram ao longo da História, é interessante se distanciar e observar que este processo está acontecendo neste momento com a internet.
A inovação que as redes sociais trouxeram em relação ao processo comunicativo em que o emissor é também o receptor, acumulando os dois papéis de forma livre, não mais dependendo do aval de um veículo de comunicação para se expressar, foi por um caminho que aliou tudo o que os outros veículos possuem como diferenciais (informação do impresso, a agilidade e imediatismo do rádio e a imagem da TV) somados à liberdade total que ela imprime. E esta é a receita de sucesso do YouTube, com uma avalanche de informações, personagens, temas, que geram identificação imediata por todos. Podemos dizer que “tem para todos os gostos”!
E o que acontece na Comunicação externa reflete na Comunicação nas empresas, já que a dinâmica do mundo corporativo se assemelha à dinâmica do mundo real, do nosso dia a dia na sociedade. A falta de comunicação, ou a comunicação esquizofrênica (excesso de canais que não convergem), se tornou o maior problema – e o maior desafio, das empresas atualmente.
É aí que entra o YouTube, ou melhor, o seu modelo de comunicação por meio de vídeos curtos e dinâmicos. Este formato tem o poder de atração maior e promove um melhor engajamento, pois se utiliza de uma comunicação objetiva, ágil, focada e visual, além de ter um custo baixo de realização, pois as produções são simples (muitas vezes filmadas pelo celular) e veiculadas nos canais já existentes da empresa, como a intranet, por exemplo. Se realizado da maneira correta, dentro de um planejamento integrado de comunicação, o resultado aparece rapidamente.
Desta forma, uma nova competência surge no mercado de trabalho para quem quer se destacar: saber se comunicar por vídeos. Mais do que falar bem, ter oratória e não temer se apresentar em público, o vídeo pede um algo a mais, um poder de atração que pode e deve ser desenvolvido pelos líderes. Quem se dedica a isso tem o poder da liderança atualmente.
Podemos chamar de carisma, de empatia ou de atratividade, mas, o mais importante é desmistificar a ideia de que algumas pessoas nascem com isso, outras não. Isso não é verdade! É possível desenvolver esta competência (sim, é uma competência e não um dom divino) por meio de técnicas, exercícios e experiências. O importante é que o líder esteja aberto a este aprendizado e o pratique com frequência para se desenvolver cada vez mais. Estamos na era do audiovisual e do carisma (vou chamar assim aqui) e quem deseja ser um líder de verdade, aquele que os colaboradores admiram e em quem se espelham, não pode fugir disso.
Fonte: https://goo.gl/k3q1fa